quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O que falar do Movimento Sem Terra - MST

São Paulo - Os cerca de 250 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocuparam na manhã de hoje (7) a fazenda Santo Henrique, em Borebi, a 300 quilômetros da cidade de São Paulo, invadida pelo grupo no último dia 28.

A saída foi pacífica, segundo a empresa Sucocítrico Cutrale que ganhou na Justiça o direito de retomar a posse da área de 2,4 mil hectares, onde antes da invasão havia um milhão de pés de laranja.

Parte desse plantio foi destruído pelos sem-terra e, nesse momento, segundo o diretor de relações trabalhistas da empresa, Carlos Otero, está sendo feito o levantamento das perdas da lavoura das demais instalações.

Por determinação do juiz Mário Ramos dos Santos, da 2ª Vara da Comarca de Lençóis Paulista, a desocupação deveria ocorrer em 24 horas após o recebimento do mandado judicial pelo MST. Esse prazo iria se esgotar no final da manhã de hoje.

Pouco antes, o coordenador regional do MST, Paulo Beraldo, afirmou à Agência Brasil, que não era intenção resistir, mas ganhar tempo na tentativa de obter no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a promessa de que uma outra área seria disponibilizada assentar os ocupantes. “É lógico que não vamos colocar as nossas famílias em risco”, respondeu ao ser perguntado se iriam deixar o local sem oferecer resistência.

Ele, no entanto, alertou que novas invasões vão ocorrer até que haja uma solução que atenda aos planos de assentamentos no interior paulista.

Segundo ele, a maioria dos integrantes dessa ação na fazenda Santo Henrique são oriundos de sítios e trabalhos rurais na região, abrangendo os municípios de Agudos, Borebi e Avaré.

Ele rebateu as críticas do Incra de que o ato teria sido precipitado. Segundo ele, há pelo menos 7 anos, o MST reivindica a posse do local para fins de reforma agrária, acusando a Cutrale de explorar ilegalmente uma terra que seria pertencente à União.

A empresa que é a maior produtora de suco de laranja, responsável por 30% do mercado, argumentou por meio de nota, que a fazenda é produtiva e que mantém 300 empregados no local.

O que dizer do Movimento Sem Terra diante de tudo o que estamos vendo?

Opinião: “há muito tempo o movimento sem terra deixou de ser um movimento social para se tornar um movimento político. Muitas foram as áreas doadas para integrantes deste movimento e simplesmente venderam tudo e foram tentar “ganhar” terras novamente”.

“Atitudes como essa mostra apenas vandalismo e falta de respeito total a propriedade de outros, isso é um absurdo. A idéia inicial de que os manifestantes do MST eram os injustiçados está ficando cada vez mais destruída com atitudes como essa.
Nada justifica destruir o que não lhes pertence”. Finaliza Osmar Bastos

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